Arquivo mensal: fevereiro 2010

Recado para esse ser que não sei.

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Não sei dizer se o mundo é maior que a virtualidade ou o contrário. Nem sei onde um começa e o outro tropeça.

Entre o mundo que pego e o mundo que vejo não atravesso ruas nem dobro esquinas.

Universo sem quina.

Seres virtuais se esbarram na vida e nela são irreais. Um tanto quanto surreal.

Agora, de novo. Alguém esbarrou no meu perfil e eu espiei o dele.

Havia um link. Cliquei. Não era bem ele lá, mas achei mais do que isso: a poesia. Ele rabiscado na própria escrita.

Ele é Marciano… De Marte, então. E eu? Já não sei mais de onde eu sou.

O texto dele puxou meu tapete estático e me colocou num mágico.

Voei… acho que o alcancei. Passei por Júpiter, escorreguei nos anéis satúrnicos e agora tô na lua.

Querendo ir prá rua…

Fica meu recado então.

Escreva, ser que não sei. Escreva mais… para ser isso que eu não sei, mas que você sabe.

Frases essencialmente cinematográficas

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Um dos filmes brasileiros mais lindos que eu já vi… Em tudo.

Alguns filmes, quando acabam, me fazem sentir como se eu tivesse saído de um banquete.. Paladar, olfato, visão, tato, audição estimulados e saciados.

Todos os sentidos devidamente agraciados pelo evento que vai muito além de uma simples refeição.

Para mim, só há uma religião. O cinema. Um só Deus com vários braços, muitos olhos: a Arte.

Livrai-nos de todo mal!!

Para quem não viu (ainda!) Budapeste, baseado no romance do Chico (AMÉM).

As guerras começam com palavras.

A poesia de verdade desaba por dentro. Como o amor.

Quantas palavras me levarão à mulher amada?

Para esquecer aquelas palavras ditas a Vanda, talvez fosse necessário esquecer a própria língua em que foram ditas. Talvez fosse possível substituir na cabeça uma língua por outra. Durante algum tempo minha cabeça seria assim como uma casa em obras. Palavras novas subindo por um ouvido e o entulho descendo pelo outro.

Posso ser um estrangeiro mas não costumo maltratar meu idioma.

Eu jamais tinha escrito um só verso em português. Mas em húngaro tornei-me poeta. Poderia escrever qualquer coisa.

Deveria ser proibido debochar de quem se aventura em língua estrangeira.

Sabe que somente por você eu concebi esse livro que agora acaba?

estou chegando quase.